“Traste ?”
Que será de você?
Mas, que sorte a tua!
Teus entes cadê?
Quem é que lava esses trapos,
Que mal cobrem você?
Quem lamenta os maus tratos,
Que o guri vive à mercê?
Quanto sol e água boa,
Tanto chão pra se plantar,
E você menino à toa,
Na cidade a mendigar...
A conivência da esmola,
Contraria uma razão,
O que te falta é escola,
Não migalha de pão.
Sei que a culpa não é tua,
Que nem pediu pra nascer.
É de quem jogou na rua,
Esse “traste”, pra sofrer.
A verdade é nua e crua,
Doa lá a quem doer,
Se hoje o lar dele é a rua...,
O inferno!...Quando crescer.